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https://hdl.handle.net/10216/10005
Author(s): | Sousa, Rui Fernando Gonçalves Teixeira de |
Title: | Mutações diagnósticas : A Propósito da psicose unitária |
Publisher: | Universidade do Porto. Reitoria |
Issue Date: | 2000 |
Abstract: | Partindo das teses de Griesinger, psiquiatra alemão do século XIX, o autor retoma a questão da Psicose Unitária e defende a natureza dimensional, unitária e hierárquica da psicopatologia.Para o efeito, socorre-se de alguns argumentos que fragilizam a dicotomia kraepeliniana e de outros que apoiam a hipótese unitária. De entre estes, elege o tema das mutações diagnósticas para o abordar do ponto de vista do método científico. Deste modo, apresenta um estudo retrospectivo de 20 anos que se debruça sobre todas as admissões efectuadas na Unidade de Internamento e no Hospital de Dia do Serviço de Psiquiatria do Hospital S. João e analisa os casos em que tenham ocorrido mutações entre os diagnósticos de Perturbação Afectiva, Perturbação Esquizoafectiva e Esquizofrenia. Estabelece uma distinção entre mutações diagnósticas e metamorfoses clínicas.Os resultados obtidos confirmaram a existência de mutações diagnósticas entre casos com os diagnósticos referidos, com uma frequência média de 2% (55 casos em 2776), ocorrendo, em média, aos 36 anos, 4 anos após o primeiro diagnóstico, sem diferenças significativas entre sexos. A análise dos critérios de mutação diagnóstica introduzidos neste estudo suportam o conceito utilizado. A Esquizofrenia é o diagnóstico com maior probabilidade de sofrer mutação. Ocorrendo mutação, o diagnóstico final mais provável é o de Perturbação Esquizoafectiva. Os resultados são mais favoráveis a um modelo de metamorfose clínica baseado na tese unitária.Em conclusão, este estudo não prova a existência da psicose unitária mas constitui um argumento a ter em conta na medida em que admite que o mesmo indivíduo, em diferentes momentos, possa adoecer de forma diversa daquela que seria de prever de acordo com o seu diagnóstico prévio. É pois de admitir que estes diferentes quadros clínicos não passem de diferentes expressões externas do mesmo sofrimento mental. Finalmente, a virtude maior deste trabalho reside mais nas questões que levanta do que nos res ... |
Description: | Dissertação de Mestrado em Psiquiatria, área de especialização em Psiquiatria e Saúde Mental, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto |
URI: | http://hdl.handle.net/10216/10005 |
Document Type: | Dissertação |
Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | FMUP - Dissertação |
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