Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10216/123820
Author(s): Mariana Rodrigues Vilas Boas de Azevedo
Title: Intensificação do trabalho no contexto de uma atividade emergente: fatores de risco e efeitos na saúde
Issue Date: 2019-11-13
Description: As alterações no trabalho, nomeadamente no setor industrial, têm potenciado a emergência e criticidade de novos fatores de risco profissionais associados a opções de organização do trabalho que impõem ritmos intensos. Torna-se imprescindível analisarmos a atividade e ouvir o ponto de vista dos seus protagonistas sobre as exigências a que se veem confrontados. O objetivo deste estudo consiste em explorar os determinantes da intensificação do trabalho no contexto de uma atividade emergente, relatados por operacionais de produção cuja atividade diz respeito à produção e montagem de carregadores para veículos elétricos e a sua relação com a saúde. A amostra foi constituída por 70 trabalhadores de uma empresa de Mobilidade Elétrica (ME), onde a maioria era do género masculino (58.6%) e tinha vínculo à empresa (55.8%). Todos os participantes desempenhavam a função de operacionais de produção, com as especializações de eletricistas, operacionais mecânicos e operacionais de corte e cravação. Em termos metodológicos, recorreu-se à utilização do Inquérito Saúde e Trabalho - INSAT 2016 (Barros-Duarte, Cunha, & Lacomblez, 2016) e, de forma complementar, a registos de observações da atividade real de trabalho. Foram realizadas análises estatísticas, principalmente análises de frequências descritivas e a realização do teste não paramétrico de Qui-Quadrado de Pearson. Os principais resultados obtidos corroboram a existência de um ritmo de trabalho elevado e de exigências no cumprimento de prazos, que ampliam a perceção de uma intensificação do trabalho. Neste estudo foi ainda possível identificar a exposição a outros fatores de risco, designadamente físicos, como as posturas penosas, exposição a gestos repetitivos e gestos precisos e minuciosos, e psicossociais como a dependência dos colegas, horários irregulares e questões de remuneração, entre outros. Face à exposição aos fatores de risco, mais de 50% da amostra evidenciou efeitos negligenciais na saúde como dores de costas e dores musculares, todavia apenas 2,9% dos trabalhadores referiram ter uma "saúde má" e os restantes 97,1% assumem uma "saúde razoável, boa e muito boa". Assim, dar visibilidade a esta problemática torna-se fulcral, traduzindo-se na importância de desconfigurar quais os problemas de saúde mais dificilmente reconhecíveis.
Subject: Psicologia
Psychology
Scientific areas: Ciências sociais::Psicologia
Social sciences::Psychology
TID identifier: 202310655
URI: https://hdl.handle.net/10216/123820
Document Type: Dissertação
Rights: restrictedAccess
Appears in Collections:FPCEUP - Dissertação

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