Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10216/132391
Author(s): Joana Martins Gonçalves Lopes
Title: Emotional and developmental pathways of infant-mother attachment
Issue Date: 2021-02-11
Description: Enquanto organização integrante do sistema de regulação dos fenómenos de envolvimento social, a vinculação desempenha um papel decisivo na estruturação da experiência interpessoal dos indivíduos. Operando desde os primeiros meses da existência, esta organização afetivo- comportamental começa a influenciar os processos de construção da personalidade numa fase em que a criança não consolidou, ainda, a aptidão para representar com clareza os objetos, os eventos ou as emoções. Assim, mesmo antes de conseguir utilizar plenamente os recursos da mediação simbólica para processar em toda a amplitude os sentidos do experienciado, o bebé disporá já de uma poderosa constelação de afetos, de comportamentos e de representações ao serviço da tarefa de obter segurança, conforto ou proteção por parte das suas figuras de vinculação. A estabilização dos processos de organização vinculativa que se observa por volta do ano de vida ocorre na sequência de complexas transformações desenvolvimentais influenciadas por fatores relacionados com a qualidade das interações entre o bebé e os seus prestadores de cuidados. Entende-se, pois, que a maneira como o indivíduo irá construir e regular os elos de vinculação é, em grande parte, pontuada por múltiplas variáveis que, marcando a configuração das experiências vividas no quadro das relações com os outros significativos, têm papel decisivo na constituição dos chamados padrões seguros e inseguros de vinculação. Ancorado nos pressupostos de uma perspetiva abrangente, não alheia às assunções dos modelos transacional e bioecológico do desenvolvimento, o presente trabalho reúne uma série de estudos em formato de artigos que visam aprofundar o conhecimento dos preditores e dos processos implicados na constituição dos laços de vinculação. Os dois primeiros incidem explicitamente sobre as representações maternas. Um, contrasta as experiências pré e perinatais das mães com filhos nascidos de termo, com prematuridade limítrofe e moderada, ou com prematuridade extrema. O segundo, investiga em amostras portuguesas e brasileiras as representações maternas perinatais relacionando-as com a posterior qualidade das interações diádicas e a segurança da vinculação. Seguem-se dois estudos que usando alguns procedimentos de avaliação distintos, salientam a importância do comportamento interativo das mães, nomeadamente da sensibilidade materna, sobre a qualidade da auto-regulação dos bebés bem como os seus comportamentos de envolvimento social aos três meses. O quinto estudo constitui uma abordagem longitudinal que investiga a interligação dos padrões de auto-regulação infantil e a qualidade do comportamento interativo materno aos três e dez meses na determinação da posterior qualidade da vinculação aos 14 meses. Por último, o sexto estudo é construído com base nos modelos de processamento de informação, destacando associações significativas entre a qualidade da vinculação e a atenção das crianças perante diversas expressões faciais de emoção aos 14 meses. No seu conjunto, os estudos aqui apresentados contribuem para o avanço da compreensão acerca das diferenças individuais na qualidade da vinculação infantil e informam o debate atual sobre as relações entre vinculação e os mecanismos de processamento da informação emocional dos bebés.
Subject: Psicologia
Psychology
Scientific areas: Ciências sociais::Psicologia
Social sciences::Psychology
TID identifier: 101436262
URI: https://hdl.handle.net/10216/132391
Document Type: Tese
Rights: restrictedAccess
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