Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10216/129378
Autor(es): Margarida Sofia Saraiva Cunha
Título: Uma realidade gravada no corpo: o papel da imagem corporal positiva na qualidade de vida de pessoas com insuficiência renal crónica
Data de publicação: 2020-07-22
Descrição: A insuficiência renal crónica (IRC) é uma doença associada à função renal anómala e a um declínio da taxa de filtração glomerular. Os efeitos da IRC na pessoa são nefastos e manifestam-se a diversos níveis, nomeadamente, a nível biológico, psicológico e em termos de imagem corporal (IC), uma vez que a IRC tem implicações corporais, independentemente do tratamento selecionado. A vivência da IC é de suma importância na forma como o indivíduo lida com a doença. Na verdade, pessoas em processo de hemodiálise apresentam níveis mais elevados de perturbação da IC, que pode gerar depressão, ansiedade, menor adaptação à doença e recuperação psicossocial e níveis mais reduzidos de qualidade de vida (QV) e de satisfação sexual. Por sua vez, a imagem corporal positiva (ICP), que se define pela capacidade da pessoa apreciar a sua beleza única, aceitar e admirar o corpo como ele é e sentir-se confortável com o mesmo, acredita-se impactar significativamente na adaptação à doença e na QV destes indivíduos, embora não existam estudos sobre a ICP e QV em pessoas com IRC. Este estudo pretende perceber o papel da ICP na QV de pessoas com IRC e tem uma abordagem quantitativa, com grupo clínico e não clínico. O grupo clínico é constituído por 46 participantes, com uma média 59.8 anos, variando entre 30 e os 85 anos. O grupo não clínico é constituído por 49 participantes, com uma média 55.1 anos, variando entre os 32 e os 75 anos. A recolha de dados foi efetuada através de instrumentos de autorrelato que permitiram a contemplação das variáveis sociodemográficas, de algumas dimensões da ICP e da QV. Percebeu-se que as várias dimensões da ICP se associam entre si e com os diferentes domínios da QV em ambos os grupos. Destaca-se, em particular, o papel da apreciação da funcionalidade corporal como um importante preditor da QV. Verificaram-se, ainda, valores estatisticamente superiores no sexo feminino nas dimensões da aceitação do corpo pelos outros e do autocuidado. De referir, ainda, a relação positiva da idade com a apreciação corporal, a aceitação corporal pelos outros, a QV relacional e ambiental, no grupo não clínico e uma relação negativa da idade com a QV física no grupo clínico. A realização deste estudo colocou a tónica na relevância de se intervir na ICP, essencialmente pelo impacto positivo na QV desta população.
Assunto: Psicologia
Psychology
Áreas do conhecimento: Ciências sociais::Psicologia
Social sciences::Psychology
Identificador TID: 202507998
URI: https://hdl.handle.net/10216/129378
Tipo de Documento: Dissertação
Condições de Acesso: openAccess
Aparece nas coleções:FPCEUP - Dissertação

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