Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10216/122070
Autor(es): Malato, Maria Luísa
Baião, Helder Mendes
Título: M. Raulin, français, philosophe : les (en)jeux d'un miroir inventé par Lima Bezerra
Data de publicação: 2017
Resumo: Lima Bezerra, the Portuguese author of Os Estrangeiros no Lima/ Foreigners in Lima (1785 and 1791), imagines several dialogues between Mr. Lami, a Portuguese doctor, and four foreigners: M. Raulin, a French philosopher, Mr. Clarck, an English merchant, Sig. Julio, an Italian traveler, and D. Hugo, a Spanish historian. Every interlocutor represents for the others the voice of the common thinking about the identity of each nation, France, England, Italy and Spain, about Portugal. M. Raulin's interventions seem to us particularly interesting: because they send back the reader towards a philosophical dimension of Enlightenment and as an example of the prestige of French culture in Europe during the 18th Century. In counterpoint however, the speeches of the Portuguese doctor Lami in spite of the complicity with M. Raulin, denounce the importance of a local perspective in regard of the dominant credibility of Foreigners. The knowledge created is based on a strange rhetoric: the trompe l'oeil. FR: Lima Bezerra, auteur d'Os Estrangeiros no Lima/ Les Etrangers à Lima (1785 et 1791), imagine plusieurs dialogues entre M. Lami, un médecin portugais, et quatre étrangers : M. Raulin, un philosophe français, Mr. Clarck, un commerçant anglais, Sig. Julio, un voyageur italien, et D. Hugo, un historien espagnol. Chaque interlocuteur représente la voix des lieux communs projetés par chaque nation - la France, l'Angleterre, l'Italie et l'Espagne - sur le Portugal. Les interventions de M. Raulin nous semblent particulièrement intéressantes : parce qu'elles renvoient le lecteur vers une dimension philosophique des Lumières et parce qu'elles sont l'exemple du prestige de la culture française en Europe au XVIIIe siècle. En contrepoint, les prises de parole de Lami, un médecin portugais, malgré la complicité qui le lie à M. Raulin, dénoncent l'importance d'un regard local sur la crédibilité dominante de l'étranger. La connaissance est ainsi l'aboutissement d'une curieuse rhétorique : le trompe l'oeil.
Descrição: Lima Bezerra, autor de Os Estrangeiros no Lima (1785 e 1791), imagina vários diálogos entre M. Lami, um médico português, e quatro estrangeiros: M. Raulin, um filósofo francês, Mr. Clarck, um negociante inglês, Sig. Julio, um viajante italiano, e D. Hugo, genealogista espanhol. Cada um deles representa para os restantes, apesar da delicadeza das regras próprias da boa conversação, a voz dos lugares comuns sobre a identidade de cada nação, a França, a Inglaterra, a Itália e a Espanha, sobre Portugal. As intervenções de M. Raulin parecem-nos particularmente interessantes: porque reenviam o leitor para uma dimensão filosófica sobre as Luzes, e porque são o exemplo do prestígio da cultura francesa na Europa, durante o século XVIII. Em contraponto, porém, as propostas e respostas de Lami, o médico português, apesar da evidente cumplicidade com M. Raulin, revelam a importância de uma perspetiva local sobre a credibilidade dominante do estrangeiro. O conhecimento torna-se aqui o resultado de uma curiosa retórica: o trompe l'oeil.
URI: https://hdl.handle.net/10216/122070
Tipo de Documento: Artigo em Revista Científica Internacional
Condições de Acesso: openAccess
Aparece nas coleções:FLUP - Artigo em Revista Científica Internacional

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
348947.pdf325.29 kBAdobe PDFThumbnail
Ver/Abrir


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.