Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10216/121003
Author(s): Maria Inês Cardoso Monteiro de Oliveira Marinho
Title: Intenções parentais, vias para a parentalidade e experiências no contexto de saúde de pessoas trans
Issue Date: 2019-07-04
Description: Pouca investigação se tem debruçado sobre a temática da parentalidade em pessoas trans ou não binárias, sobretudo no contexto português. O presente estudo procura explorar as intenções parentais e as vias privilegiadas para alcançar a parentalidade em pessoas autoidentificadas como trans ou não binárias. Para além disso, visa compreender o modo como os serviços de saúde estão a contribuir para a realização destas intenções, através do estudo das experiências destas pessoas nos serviços de saúde, quer ao longo do processo de transição de género, quer relativamente à informação recebida sobre a perda e preservação de fertilidade. Este é um estudo com metodologia qualitativa, tendo-se socorrido de quatro grupos de discussão focalizada enquanto método de recolha de dados, e da análise de conteúdo para o seu posterior tratamento. Participaram no estudo treze pessoas autoidentificadas como trans e uma pessoa como não binária, com idades compreendidas entre os 19 e os 43 anos e orientação sexual diversa. Da análise emergiram como categorias primárias a Intenção parental, as Vias para a parentalidade e as Experiências com o serviço de saúde. Verificou-se que metade dos/as participantes da amostra desejavam tornar-se pais/mães no futuro e que a grande maioria dos restantes apresentava uma posição indefinida quanto a esta temática. A adoção foi o método privilegiado pela amostra entre as vias para alcançar a parentalidade, contrariamente ao método tradicional de reprodução. Todos/as os/as participantes relataram ter sido informados/as sobre as consequências reprodutivas relacionadas com os procedimentos de transição de género. Uma percentagem inferior foi esclarecida sobre a possibilidade de preservação de fertilidade, ainda que a maioria da amostra não ponderasse efetivamente usufruir dessa opção. A morosidade dos procedimentos médicos, a baixa formação dos profissionais para trabalhar com pessoas trans e a utilização de terminologia cis e pronomes inadequados à identidade de género foram os aspetos mais realçados pelos participantes enquanto promotores de experiências negativas vivenciadas nos serviços de saúde ao longo dos seus processos de transição de género e de redesignação sexual. Os resultados deste estudo exploratório permitiram uma análise das intenções parentais e da experiência com os serviços de saúde com pessoas trans, sugerindo algumas diretrizes para a investigação e intervenção futuras com esta popula�\xA7ão específica.
Subject: Psicologia
Psychology
Scientific areas: Ciências sociais::Psicologia
Social sciences::Psychology
TID identifier: 202262570
URI: https://hdl.handle.net/10216/121003
Document Type: Dissertação
Rights: openAccess
Appears in Collections:FPCEUP - Dissertação

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