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https://hdl.handle.net/10216/102544
Author(s): | Fernando Veloso Gomes |
Title: | Consequências e ensinamentos da ocorrência de extremos na zona costeira portuguesa no inverno de 2013/2014 |
Issue Date: | 2015 |
Description: | Nas zonas costeiras da europa ocidental e em particular na costa portuguesa, o inverno de 2013/14 foi caracterizado por uma elevada tempestuosidade no mar a que se poderá associar um período de retorno superior a 40 anos. Essa tempestuosidade em Portugal foi evidenciada pelo registo de mais de uma dezena de temporais, ondas máximas da ordem dos 15 m, ondas significativas superiores a 9 m, sobrelevações meteorológicas do nível médio do mar superiores a 1 m, períodos de onda superiores a 20 s e ventos fortes atuando sobre praias fragilizadas pela progressiva perda sedimentar. Muitos cidadãos registaram, em tempo real, imagens de fenómenos que no passado não eram tão abundantemente documentados. A comunicação social noticiou muitos eventos, empolando os acontecimentos a nível das consequências. Estes fenómenos extremos são um sinal de que existe uma natural variabilidade climática que é "esquecida" mas que tem de estar presente nos instrumentos de ordenamento do território através de medidas prevenção e de adaptação. Intervenções antropogénicas, locais ou regionais, relativamente recentes agudizam as consequências destes fenómenos extremos. Apresentam-se exemplos que sustentam esta afirmação. Os eventos do inverno 2013/14 reforçam a necessidade operacionalizar a Estratégia Integrada para as Zonas Costeiras porque as questões de segurança patrimonial, os valores naturais e as atividades económicas associadas a estas zonas são essenciais para o País. Na comunicação apresentam-se situações críticas, ensinamentos e potenciais medidas de mitigação e de adaptação. A monitorização bem como a avaliação e gestão dos riscos costeiros e a operacionalização das intervenções aprovadas deverão constituir prioridades. Em cenários de alterações climáticas (ações antropogénicas a uma escala global), os acontecimentos extremos (intensidade e duração de temporais, inundações, alterações morfológicas) poderão passar a ser mais frequentes. A maioria das medidas de mitigação e de adaptação à variabilidade climática das zonas costeiras e às ações antropogénicas locais e regionais também são válidas como medidas de adaptação às alterações climáticas. |
URI: | https://hdl.handle.net/10216/102544 |
Source: | http://www.evolvedoc.com.br/silusba/detalhes |
Document Type: | Artigo em Livro de Atas de Conferência Internacional |
Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | FEUP - Artigo em Livro de Atas de Conferência Internacional |
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